Desc: Rangeh eshgh: Dirigido por Maryam Keshavarz. Uma semana por ano, os iranianos passam a noite fora. As mulheres abandonam os toques de recolher legais. Os homens choram. As comunidades reúnem-se para lamentar a morte do seu santo, pedir que os desejos sejam atendidos, agradecer pelas orações atendidas. Embora esta semana apresente os elementos religiosos mais restritivos do Irão, oferece aberturas para as ligações mais íntimas desta cultura. Será uma mudança na percepção do amor inerentemente política porque afecta os indivíduos e a sua visão do mundo? Ao acompanharmos três casais negociando o amor, aprendemos que a liberdade não é o que assumimos que é e o amor é mais do que imaginamos que seja. Utilizando como enquadramento o festival Ashura, que dura uma semana, A COR DO AMOR documenta as mudanças na face do amor e da política na antiga cidade de Shiraz. À medida que a geração mais velha realiza rituais catárticos, os jovens da cidade são deixados à própria sorte. Eles passam esse tempo percorrendo as praças públicas, esperando um olhar de soslaio ou um breve bilhete de um amante em potencial. O realizador do filme, de 29 anos e residente em Nova Iorque, investiga a forma como estas mudanças nos costumes surgiram numa cultura enraizada em valores tradicionais e como foram influenciadas pela cultura ocidental sob a forma da televisão por satélite e da Internet. Ao entrevistar diferentes gerações de iranianos, Keshavarz tenta descobrir como as ideias de amor, romance, casamento e sexo evoluíram numa sociedade onde a política e a cultura estão inextricavelmente ligadas..